O Instagram é a rede social com mais probabilidade de causar má qualidade de sono, depressão, insatisfação com o corpo e ansiedade nos jovens. Essa foi a conclusão tirada em estudo do Royal Society for Public Health (RSPH).
O estudo tinha como objetivo entender como as redes sociais afetam a mente dos jovens. Além do Instagram, foram analisados também o Facebook, Snapchat, Youtube e Twitter. A depressão e ansiedade entre jovens têm incidência 70% maior nos últimos 25 anos, de acordo com o estudo. E as redes sociais contribuiriam para piorar o quadro. As redes sociais aumentam o sentimento de inadequação e criam expectativas irreais.
O relatório da pesquisa menciona que o fato de ver os amigos sempre curtindo festas, eventos e viagens faz com que os jovens sintam que “estão perdendo a vida, enquanto os outros a apreciam”. Isso faz com que os jovens façam comparações e, consequentemente, o desespero surja.
Além disso, o estudo também concluiu que as redes sociais têm caráter mais viciante que drogas lícitas, como álcool e cigarro. As redes sociais também estão relacionadas ao ciberbulling, má qualidade do sono e ao FoMO. O FoMO (“Fear of Missing Out”) é uma nova síndrome, caracterizada pelo medo de estar perdendo algo e comum entre jovens que estão conectados constantemente.
Atualmente, nove em cada dez meninas estão insatisfeitas com seu corpo. E as redes sociais atrapalham a aceitação corporal. O Instagram é a rede social com maior responsabilidade no assunto. No Instagram, são comuns as fotos editadas e irreais, que criam padrões irreais e geram frustração.
De acordo com o estudo, o Instagam é a rede social mais nociva aos usuários. Ela é seguida pelo Snapchat, Facebook, Twitter e Youtube, respectivamente. O Youtube foi a única rede social que teve saldo positivo.
O estudo foi feito com 1.500 jovens entre 14 e 24 anos, no Reino Unido. A pesquisa foi feita em 2017 e, apesar de ter sido feita em apenas um país europeu, deve apresentar resultados semelhantes no restante do mundo.
