Brasileiros dominam ranking de poker latino nos primeiros cinco meses do ano

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O poker brasileiro vive uma fase de ouro. Com direito a quatro atletas que já ganharam o título mundial, reconhecimento nacional e milhares de competidores aderindo à modalidade, nunca houve uma era tão boa como agora para praticar o poker no país.

Parte da ascensão do poker a um dos maiores esportes do Brasil se deve aos grandes representantes brasileiros no nível internacional. Atletas conhecidos como André Akkari e João Simão ajudam a elevar o status do esporte das cartas no Brasil e motivam a milhares de outras pessoas a seguirem o mesmo caminho no âmbito profissional.

Os resultados falam por si só e a dominância do Brasil no cenário do poker sul-americano é reflexo de um trabalho de longa data. O principal circuito do esporte no país, o Campeonato Brasileiro de Poker (também conhecido como BSOP), existe desde 2006 e de lá para cá o número de praticantes aumentou exponencialmente.

Além disso, o Brasil venceu o seu primeiro bracelete do WSOP em 2008 e a cada ano que passa há mais competidores do país representando as cores da bandeira brasileira no cenário internacional.

A Global Poker Index (GPI) rege um dos rankings internacionais mais respeitados do poker mundial e os brasileiros estão muito bem-conceituados em 2019. Nos cinco primeiros meses do ano, são os atletas nacionais que figuram no topo do ranking latino-americano.

Dos 15 primeiros atletas latino-americanos no ranking do GPI, 12 deles são brasileiros. O maior destaque vai para os competidores Pedro Padilha e Ariel Celestino, que há anos são um dos grandes baluartes do poker nacional.

No rol dos 15 primeiros do ranking de 2019, vale citar a presença de outros veteranos locais que também já fizeram muito para o esporte, como Felipe Mojave, André Akkari, João Simão, Marcelo Mesqueu, Caio Hey e Paulo Gini.

Além disso, a ótima fase do poker brasileiro no início do ano coincide com a consolidação de um craque na modalidade online: Bruno Volkmann. Ex-jogador de tênis, o catarinense vem se dedicando às cartas há algum tempo e o resultado tem sido espetacular.

Segundo o ranking da PocketFives, que é especialista em classificar os jogadores online de acordo com os seus resultados no mundo digital, Volkmann está em segundo no ranking nacional.

Líder do ranking latino-americano é um baiano veterano no poker

Conhecido popularmente como “Bahia”, Ariel Celestino já é um nome muito conhecido no Brasil e no resto do mundo. Profissional há uma década, ele tem um currículo extenso com competições em países como Chile, Estados Unidos, Inglaterra, Mônaco, Malta e vários outros.

Segundo o ranking do GPI, Ariel é o primeiro entre os latino-americanos, seguido de perto por Padilha e pelo venezuelano Joseph Rosa Rojas. Além de ser o soberano na América, o baiano está muito bem-conceituado no cenário mundial e ocupa o 16º lugar entre os melhores da temporada de 2019.

Brasileiros dominam ranking de poker latino nos primeiros cinco meses do ano
Brasileiros dominam ranking de poker latino nos primeiros cinco meses do ano

Para somar grandes pontos na temporada, o competidor precisa ir bem em grandes torneios e é exatamente isso que Ariel faz com regularidade. Em março deste ano, ele foi campeão de um torneio de proporções milionárias disputado no Rio de Janeiro. Um mês mais tarde, em abril, ele viajou até Monte Carlo e disputou com qualidade o prestigiado European Poker Tour (EPT).

Entre os 10 brasileiros mais bem pagos da história do poker, Ariel vem expandindo o seu legado no cenário internacional e pode até mesmo chegar a se tornar o primeiro atleta da história a vencer o tão prestigiado ranking mundial do GPI.

Outros competidores profissionais para ficar de olho

Compondo a lista dos 15 melhores latinos da atualidade, vale a pena citar o mineiro João Simão. Ex-melhor do mundo no ranking online, o atleta de belo-horizonte já não disputa tantos torneios como antigamente, mas ainda segue muito respeitado no circuito mundial.

Outro profissional que também só participa de grandes torneios, Simão já disputou eventos nas Bahamas e em Monte Carlo neste ano. No caribe, o mineiro conseguiu vencer um título em um evento paralelo ao principal.

No âmbito online, Simão continua como um dos principais brasileiros da atualidade e atualmente ocupa a quinta posição geral segundo o ranking do PocketFives. “Minha ideia era se aposentar em 2019, no entanto, resolvi esticar minha carreira mais um pouco e disputar mais alguns grandes torneios”, escreveu o mineiro em suas redes sociais no início da temporada.

Nova geração do poker brasileiro vem para seguir o bom trabalho dos veteranos

Além dos veteranos citados acima que estão dominando a parte superior do ranking latino-americano, há uma nova geração de competidores profissionais que deve manter o excelente trabalho realizado.

Luis Henrique Kamei é um dos atletas da nova geração que já começaram a brilhar em 2019. O representante de Curitiba venceu a primeira etapa principal do Campeonato Brasileiro de Poker (BSOP) desta temporada, uma vitória que elevou a carreira do jogador a um novo patamar.

“A felicidade é enorme, eu jogo o circuito faz tempo e quem joga sonha em um dia ganhar”, disse Luis Henrique. “Realizei um dos meus sonhos, estou feliz demais. É o maior circuito do Brasil, um torneio gigantesco na América Latina, a sensação é indescritível. É muito legal ganhar, estou muito feliz”, disse o curitibano após a conquista em entrevista ao site ESPN.

Já Pablo Brito Silva é baiano assim como Ariel Celestino e um dos craques do poker online. Profissional há alguns anos, o atleta de Salvador está vivendo uma excelente fase na carreira e se consolidando como um dos grandes do poker virtual.

Todos os indicativos apontam que o poker brasileiro está na direção para se colocar ainda mais no rol dos melhores do mundo. Dominando a parte latino-americana, quem sabe algum dia os atletas do Brasil também monopolizem o topo do ranking mundial.

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