Revalidação de diploma de medicina do exterior será aplicado em outubro de 2020

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A prova Revalida, aplicada com a finalidade de reconhecer diplomas de Medicina do exterior, ocorrerá em outubro e dezembro deste ano, com duas avaliações em formato digital. O exame vai permitir que 15 mil médicos revalidem seus diplomas, incluindo os que cursaram medicina na argentina e outros países da América Latina

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Revalidação de diploma de medicina do exterior será aplicado em outubro de 2020

Depois de uma espera de quase três anos, o Ministério da Educação confirmou que a primeira fase do Revalida será no dia 11 de outubro de 2020. A prova tem o objetivo de avaliar os conhecimentos de brasileiros e estrangeiros que se formaram em Medicina no exterior, validando seus diplomas no território nacional.

O Ministério da Educação (MEC) reformulou o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira). A partir deste ano, as provas serão aplicadas em duas etapas, em formato digital, para simplificar o processo. A data da segunda etapa, em dezembro, ainda não tem dia definido. A prioridade é aumentar o quadro de profissionais de medicina para atender a população brasileira.

Cerca de 15 mil profissionais estão aguardando para validar seus diplomas. Esse alto número de médicos formados no exterior é impulsionado por fatores como menor custo dos cursos de Medicina e maiores chances de ingresso nas universidades. É o caso das universidades de Medicina da Argentina, que disponibilizam seus cursos para estrangeiros sem a necessidade de vestibular prévio e com preços bem mais acessíveis, no caso das instituições privadas.

Como será a avaliação e as taxas de inscrição para Revalidação do Diploma

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), vinculado ao Ministério da Educação, é o responsável pela aplicação do Revalida. O instituto já selecionou os profissionais de medicina que integrarão a comissão responsável por selecionar as questões da prova, que sairão do banco nacional de itens do exame.

O Revalida terá novo edital publicado em julho mas, segundo já adiantou o Ministério, o exame ocorrerá em dois turnos, com 100 questões objetivas aplicadas no período da manhã, e 5 discursivas, para o período da tarde.

De acordo com a pasta, na segunda etapa da avaliação o candidato à futuro médico será desafiado a fazer dez “consultas” em uma estação clínica com pacientes fictícios, para dar um diagnóstico inicial de doenças. Caso seja reprovado nesta etapa, poderá repeti-la em mais duas edições seguintes, sem precisar refazer a primeira fase do exame – anteriormente, era preciso repetir todo o processo desde o início.

A nota de corte do Revalida é calculada pelo método Angoff Modificado. Uma comissão independente de professores (que não participam da seleção dos itens da prova) fará a análise das questões para estimar a chance de acerto dos candidatos. A média geral de acertos se converte nos pontos de corte. Maiores detalhes sobre a nota de corte estão disponíveis no edital.

O MEC também já anunciou os preços das inscrições para quem tem diploma de medicina no exterior. Para a primeira fase o valor será equivalente a 10% do valor mensal da bolsa do médico-residente (cerca de R$ 330, em 2019). Já para a segunda fase, o valor será de R$ 3,3 mil.

O Revalida foi criado em 2011, através de uma parceria entre os Ministérios da Educação e da Saúde. O exame tem o objetivo de avaliar os conhecimentos, habilidades e competências exigidas para o exercício da Medicina, de acordo com o princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), no mesmo nível imposto aos médicos formados no Brasil.

O programa realizou sete edições até 2017, quando foi interrompido, totalizando 24.327 inscrições. Dentre elas, a maioria eram de brasileiros que haviam estudado medicina no exterior, incluindo países da América do Latina como Argentina e Bolívia.

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