Um relatório da Polícia Federal relata que houve o vazamento das provas do Enem 2016 para pelo menos duas pessoas. O documento foi enviado nesta quarta-feira (30) ao MPF. Depois desta informação, o procurador da República Oscar Costa Filho, em Fortaleza, pretende pedir a suspensão da validade Enem 2016.
Do outro lado, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) diz que “não há indício de vazamento de gabarito oficial”.
Os dois candidatos que tiveram acesso às provas foram presos no Ceará. Uma jovem, na cidade de Juazeiro do Norte e outro na capital. Ambos tiveram acesso à “frase-código” da prova rosa.
Durante a prisão, no bolso de um homem de 34 anos estava o tema e um texto pronto para ser transcrito. Ele recebeu o gabarito e usou um ponto eletrônico durante a prova.
Leia a íntegra o comunicado divulgado Inep:
“Diante do vazamento de parte do inquérito da Polícia Federal que investiga quadrilhas envolvidas em fraudes praticadas contra o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que está em curso e transcorre em caráter sigiloso, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) esclarece:
1. O INEP oficiou, nesta quinta-feira, a Superintendência da Polícia Federal (ofício 4076, de 01/12/2016) sobre o referido vazamento, sendo informado que o inquérito está em curso e corre sob sigilo. Ao contrário do que informou o procurador Oscar Costa Filho, do Ministério Público do Ceará, o inquérito não foi concluído;
2. O INEP reafirma que as operações deflagradas no último dia 06/11 são reflexo da ação conjunta com a Polícia Federal, que trabalham em parceria para garantir a segurança e a lisura do certame;
3. Os casos de tentativa de fraude identificados estão sob investigação e delimitarão a responsabilidade dos envolvidos. Não há indicio de vazamento de gabarito oficial. Como é de conhecimento público, a Polícia Federal já efetuou prisões de envolvidos na tentativa de fraude e o INEP já os excluiu do Exame;
4. O INEP reitera o empenho de colaborar com a Polícia Federal para apurar os fatos, garantindo que não haja prejuízo aos participantes do ENEM 2016;
5. O INEP lamenta que o procurador Oscar Costa Filho do Ministério Público do Ceará use da prerrogativa institucional de ter acesso ao inquérito para vazar informações antes da Polícia Federal concluí-lo. Segundo a Polícia Federal foi submetido ao procurador o pedido de extensão do prazo do inquérito e, com isso, este teve acesso às investigações em curso;
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