Cunha recebeu propina por liberação de verbas, diz ex-vice da Caixa

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Eduardo Cunha (Foto: PMDB Nacional/Flickr)

Fábio Cleto, ex-vice presidente da Caixa Econômica Federal, confirmou pagamento de propina a Eduardo Cunha, presidente da Câmara e seu padrinho político, em troca de liberação de verbas do fundo de investimento do FGTS. A afirmação foi feita após negociação de delação premiada.



Cleto foi indicado ao cargo por Cunha e negociou a delação com a Procuradoria-Geral da República após se tornar alvo de operação de busca e apreensão da PF em dezembro do ano passado, apenas cinco depois após ter sido exonerado do cargo.

Se sua colaboração for confirmada, ele será o sétimo a acusar Cunha de se envolver corrupção na Operação Lava Jato. De acordo com a Folha de S. Paulo, Cunha é o principal alvo das delações de Cleto, mas ele também teria citado outros políticos.

Só depois que a delação for assinada por Rodrigo Janot, procurador-geral da República, ela será encaminhada para o Supremo para homologação. Nos relatos preliminares, Cleto confirmou que aconteceram pagamentos de propina ao presidente da Câmara pelos delatores Ricardo Pernambucano e Ricardo Pernambucano Júnior, da Carioca Engenharia.

De acordo com os dois, o presidente da Câmara cobrou 52 milhões de reais de propina para liberar verbas do FGTS para o projeto do Porto Maravilha. A Carioca Engenharia conseguiu concessão em consórcio com a Odebrecht e OAS.

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