Flávio Dino, governador do maranhão e do PCdoB, foi o principal articular da proposta de cancelamento da sessão do processo de impeachment na Câmara dos Deputados. Ele lamentou que Waldir Maranhão, seu aliado político, voltou atrás após o Senado ignorar a decisão e a pressão para expulsá-lo do PP.
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Flávio Dino afirmou que o PCdoB está de portas abertas para o presidente interino da Câmara. “Se ele desejar, será muito bem acolhido”, disse ele, que também afirmou que o assunto ainda não foi tratado entre os dois.
Essa não seria a primeira vez que Maranhão mudaria de partido. Ele já passou pelos partidos PDT, PTB, PSB e PP durante sua escalada política, e também já trocou o apoio que dava à família Sarney para, em seguida, se tornar rival político ao se juntar ao governador maranhense.
Dino disse ainda que Maranhão o ligou pouco antes de revogar a anulação da sessão e explicou que fez a decisão por causa da “pressão partidária”, mas elogiou que o presidente interino da Câmara “já fez mais do que a maioria” por ter votado contra o impeachment e ao ter apresentado esse pedido.
Ele defende que a medida não foi desesperada, e sim uma medida que se soma a outras. “Faz parte de um conjunto de questões jurídicas que está sendo apresentado desde o início, para mostrar que esse processo é uma anomalia”, explicou.
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