Essa sigla refere-se à combinação da criação de valor econômico com a preocupação em relação a questões ambientais, sociais e de governança corporativa.
Na prática, trata-se de uma maneira de demonstrar responsabilidade e compromisso com o mercado em que operam, assim como com seus consumidores, fornecedores, colaboradores e investidores.
Você já ouviu falar sobre o Índice Ambiental, Social e Governança? Essa agenda tem ganhado cada vez mais importância nas discussões sociais, nos conselhos administrativos das empresas, na transformação dos negócios e tem influenciado as decisões dos investidores ao redor do mundo.
Neste artigo, iremos apresentar um guia completo sobre o ESG. Continue lendo para descobrir tudo a respeito do assunto!
O que é ESG?
A sigla ESG representa as diversas práticas relacionadas ao meio ambiente, à sociedade e à governança.
Quando essas práticas são incorporadas de forma integral, desde a formulação da estratégia até a execução nas empresas, elas contribuem para antecipar necessidades futuras, identificar riscos e aproveitar oportunidades tanto para as organizações quanto para o meio ambiente e a sociedade, com o objetivo de criar valor compartilhado e promover a prosperidade.
Em resumo, a pauta ESG incentiva as empresas a adotarem práticas mais responsáveis e sustentáveis no presente, visando manter sua competitividade e prosperidade no futuro.
Por esse motivo, essa temática tem sido amplamente discutida no meio corporativo, destacando negócios sólidos que consideram critérios de sustentabilidade.
Citado como uma das principais tendências para o ano de 2021, o termo ESG também está relacionado à avaliação do impacto das organizações além do campo econômico, englobando igualmente as esferas social e ambiental.
A análise do conjunto de questões ESG pode revelar a postura de uma empresa em relação ao meio ambiente e à sociedade em que está inserida.
Com efeito, é imprescindível que uma operação seja ética e ecologicamente correta, pois essa abordagem é agora uma necessidade indiscutível.
As estratégias vinculadas à sustentabilidade, que costumavam ser consideradas como práticas isoladas, configuram hoje uma mudança significativa no modo como as empresas se relacionam com seus investidores, sendo agora integradas à sua estratégia financeira.
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Quais são os princípios ESG?
Ficou claro que o índice é guiado por três princípios fundamentais. Vamos entender melhor sobre cada um deles:
Ambiental
O critério ambiental abrange exigências nesta área, tais como:
- Gestão de resíduos;
- Política de desmatamento (quando pertinente);
- Utilização de fontes de energia renováveis pela empresa;
- Posicionamento da empresa diante das questões relacionadas às mudanças climáticas.
Além disso, o critério ambiental pode incluir também a supervisão que a empresa exerce sobre as terras que possui, verificando se existem iniciativas para melhorar e preservar a biodiversidade, por exemplo.
Social
Ao abordarmos os critérios sociais, estamos diante de uma variedade ampla de questões que precisam ser levadas em conta.
Para os investidores, por exemplo, é fundamental compreender como a empresa valoriza o bem-estar de seus colaboradores.
Entre os aspectos que são avaliados tanto por investidores quanto por gestores de fundos de investimento, estão:
- Qual a taxa de rotatividade dos funcionários?
- Existem planos de previdência disponíveis para os colaboradores?
- Qual é o grau de participação dos funcionários na gestão da empresa?
- Quais benefícios e vantagens adicionais aos salários são oferecidos aos funcionários?
- Os salários dos colaboradores são justos tanto em relação à média interna da empresa quanto ao mercado?
No âmbito social, é essencial considerar a relação com os fornecedores. Assim, torna-se fundamental avaliá-los com base em critérios de ESG, levando em conta aspectos como trabalho infantil, trabalho escravo, atuação em regiões desmatadas ou afetadas por queimadas, além de incentivar a transparência nas interações.
Governança
O conceito de governança se concentra na administração que gestores e diretores realizam em uma empresa.
Nesse contexto, o critério Ambiental, Social e Governança analisa se a gestão executiva e o conselho administrativo estão alinhados com os interesses dos diversos stakeholders da organização: empregados, acionistas e clientes.
Além do mais, outras questões são levadas em consideração, como:
- Clareza nas informações financeiras e contábeis;
- Documentação financeira precisa e transparente;
- Compensação dos acionistas.
Além disso, procura-se analisar se essa compensação está relacionada aos componentes do índice e ligada ao valor a longo prazo, assim como à viabilidade e rentabilidade da empresa.
O que uma empresa deve fazer para se tornar ESG?
O primeiro requisito para que uma empresa seja avaliada no índice ESG é estar listada na Bolsa de Valores ou, pelo menos, estar em processo de listagem.
A avaliação é feita por várias agências, que podem ser tanto comerciais quanto sem fins lucrativos.
Essas instituições realizam uma análise detalhada das empresas, utilizando dados gerais e específicos.
Além disso, as empresas devem apresentar políticas que estejam alinhadas com as diretrizes do índice e os desafios relacionados a essas questões.
Um dos sistemas de classificação mais amplamente utilizados é o MSCI ESG Score, que examina o risco através de dez categorias ligadas a aspectos ambientais, sociais e de governança.
Quais as vantagens de uma empresa se tornar ESG?
Atualmente, é realmente vantajoso entrar para o índice? Listamos alguns dos principais benefícios, veja:
- Diminuição de despesas:
Um dos maiores benefícios de um bom desempenho em questões Ambientais, Sociais e de Governança é a possibilidade de redução de custos. Isso acontece porque essas empresas são percebidas como mais bem geridas e eficientes.
- Imagem da empresa:
Outra vantagem é a potencial melhoria na reputação da empresa.
Isso se deve ao fato de que consumidores e outros interessados estão cada vez mais inclinados a apoiar organizações que buscam gerar impactos positivos.
- Fidelização de clientes:
O índice de Ambiente, Social e Governança (ESG) pode contribuir para a lealdade dos consumidores. Isso ocorre porque os clientes tendem a preferir empresas que refletem seus próprios valores. Esse alinhamento pode resultar em um aumento nas vendas e na rentabilidade ao longo do tempo.
- Sustentabilidade e transparência:
Empresas que se dedicam ao ESG costumam ser mais claras em relação às suas práticas. Além disso, elas têm maior probabilidade de adotar políticas que beneficiem o meio ambiente e promovam a responsabilidade social.
- Proteção para o investidor:
Os investimentos em critérios Ambientais, Sociais e de Governança são considerados uma alternativa mais segura.
Isso ocorre porque empresas que obtêm boas classificações nesse índice geralmente apresentam uma gestão mais eficiente e estruturas de governança mais desenvolvidas.
- Linhas de crédito diferenciadas:
Vários bancos e instituições financeiras passaram a disponibilizar linhas de crédito específicas para empresas bem avaliadas nos aspectos Ambiental, Social e de Governança.
A razão para isso é que essas empresas são percebidas como menos arriscadas e com maior probabilidade de honrar suas obrigações financeiras.
- Maior competitividade:
Empresas que possuem uma alta classificação em critérios Ambientais, Sociais e de Governança tendem a ser mais competitivas.
Isso ocorre porque conseguem atrair e reter talentos de excelência. Além disso, são percebidas como mais inovadoras e estão aptas a investir em novas tecnologias e práticas de gestão e operação.
Importância do S de ESG
Além das questões ambientais, nossa sociedade enfrenta desafios sociais significativos. Essa dimensão está diretamente ligada ao capitalismo de stakeholders – uma vez que, quando uma empresa se empenha em melhorar seus relacionamentos com os diversos grupos interessados, as questões sociais são afetadas de maneira imediata.
Ter um conhecimento aprofundado sobre seus fornecedores (incluindo suas práticas sociais e ambientais), cultivar um ambiente de trabalho saudável (que priorize a diversidade, remuneração justa e o investimento no desenvolvimento e dignidade dos colaboradores) e apoiar o progresso da comunidade onde a empresa atua geram efeitos positivos.
Ao colocar o cliente no centro das decisões, é possível oferecer produtos e serviços de qualidade superior, além de promover inovação e garantir uma demanda mais resistente.
Nenhuma empresa consegue produzir um impacto ambiental e social benéfico de forma duradoura sem uma governança adequada. Isso porque, na ausência de uma boa governança, a utilização dos recursos pode não ser otimizada.
Além disso, é improvável que a empresa consiga manter um foco em seus objetivos de longo prazo. Um relacionamento sólido com os stakeholders também depende da governança, que é essencial para estabelecer e cumprir políticas, regras e normas.
Portanto, sem uma estrutura de governança eficaz, a própria continuidade da empresa fica em risco, assim como sua capacidade de gerar um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade.
Conclusão
ESG, sigla de Ambiental, Social e Governança, é um conceito que simboliza o compromisso das empresas com a sustentabilidade e a responsabilidade social.
Essa abordagem é essencial para as organizações, pois proporciona vantagens econômicas, sociais e ambientais, além de atender às expectativas dos consumidores, investidores e sociedade em geral.
No entanto, deve-se ter cuidado com o greenwashing, uma prática que consiste em enganar o público sobre o verdadeiro desempenho e compromisso das empresas com os princípios do ESG.
Por meio de uma estratégia bem definida e ações concretas, as organizações podem diminuir seus gastos, aprimorar sua imagem e preservar o meio ambiente, ao mesmo tempo em que promovem a igualdade social.
Seguindo esses passos acima, é possível adotar práticas ESG eficazes e destacar-se como referência em responsabilidade ambiental e social.