O governo de Nicolás Maduro fechou as portas da Venezuela à ONU. A entidade denunciou publicamente o país por proibir a entrada de inspetores no país. “O que exatamente vocês estão escondendo de nós?”, questionou Zeid Ra’ad Al Hussein, alto comissário da ONU para Direitos Humanos. “Pelos últimos dois anos e meio, a Venezuela recusou até mesmo de emitir um visto ao meu representante regional”.
De acordo com o Estado de São Paulo, em notícia publicada em junho, quatro pedidos de visto haviam sido negados por Caracas. Zeid afirmou que a recusa de acesso aos seus funcionários é “particularmente chocante”. Ele disse que continuará monitorando a situação da Venezuela. “Vamos declarar nossa preocupação sobre os direitos humanos dos venezuelanos a cada oportunidade”, disse.
“Se o acesso é recusado, vamos imaginar que o pior esteja ocorrendo, ainda que façamos o máximo para ser preciso diante de sérias alegações”, disse ele. Zeid disse ainda que o monitoramento irá continuar. Isso será feito com imagens de satélite, informes de terceiros que a ONU considera confiável e testemunhas. Ainda assim, ele diz que o monitoramento remoto não pode substituir a ida de inspetores ao país. A delegação da Venezuela prometeu resposta oficial nesta quarta-feira, na sala do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
